E é então, quando o natal paganizado se vai calando, que estão reunidas as melhores condições de silêncio para começar o verdadeiro Natal, o de Cristo: tantas belas festas natalícias que se prolongam na liturgia ano novo adentro! Um tempo belo para contemplar Deus feito Menino. Enquanto o mundo vive o natal comercial (esgotado antes do dia, como fruto colhido antes de estar maduro), os cristãos vivem a conversão e a esperança vigilante do Advento. Porque o Natal não é para ser “consumido”: as coisas importantes esperam-se e preparam-se interiormente com antecedência. Como os noivos castos que esperam o dia do casamento para, então, viverem como casados; como a grávida que espera com alegria o nascimento do seu bebé; como o seminarista que vai amadurecendo a vocação; como o amigo que aguarda feliz a chegada do seu amigo… Assim é o Advento, que nos vai enfeitando o coração para a festa que se prolonga e deixa sabor.
Pe. Orlando Henriques
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