Padre Orlando Henriques
22/04/2018
O rumo certo
A Semana das Vocações todos os anos é encerrada neste 4º Domingo do Tempo Pascal, “Domingo do Bom Pastor”. As vocações estão em crise neste mundo ocidental, mas florescem noutras latitudes. É que aqui as pessoas passaram a viver como se Deus não existisse. A crise das vocações não tem nada a ver com o celibato, mas sim com a crise da fé e das famílias. Há muitas pessoas que acham que o problema da falta de vocações se resolvia acabando com o celibato dos padres. É pura ilusão! Noutras confissões cristãs (protestantes, ortodoxos) em que os pastores se podem casar também há falta deles. Basta abrir os olhos e olhar para as nossas Missas dominicais: se há poucos jovens nas igrejas, como é que os há-de haver nos seminários? Só não vê quem não quer ver. As vocações sacerdotais não são as únicas vocações que existem: também há as vocações à vida religiosa e à vida consagrada de uma forma geral, vocações que são necessariamente celibatárias. Mesmo que o fim do celibato fosse solução para a falta de padres (que não é!), ficava, ainda, por resolver a falta de frades, freiras, leigos consagrados… Além disso, o matrimónio é também uma vocação e também ele está em crise! São cada vez menos os jovens que se casam: muitos optam por se casar apenas civilmente ou, simplesmente, juntarem-se e viverem maritalmente sem casar (já para não falar nos muitos casamentos que acabam por fracassar). A crise das vocações no matrimónio é tão grave como na vida consagrada. E ainda há quem ache que “havia mais padres se eles se pudessem casar” nesta sociedade em que os jovens já nem casar querem! Não, o problema é mais profundo: é defendendo a família e ajudando os jovens a caminhar na fé que se resolverá a crise de todas as vocações.
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