15/06/2017
Recordando D. Albino 5 anos depois
Faz precisamente hoje 5 anos que faleceu D. Albino Mamede Cleto. É ocasião para recordar o seu lema ("Mais alegria em dar do que em receber") e a sua vida:
Mais alegria em dar do que em receber
D. Albino Mamede Cleto nasceu em Manteigas, a 3 de Março de 1935. Frequentou o Seminário do Patriarcado de Lisboa, Diocese onde foi ordenado presbítero a 15 de Agosto de 1959. Licenciou-se em Românicas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e foi professor ocasional na Universidade Católica de Lisboa, onde leccionou Línguas e Literatura. No Patriarcado de Lisboa fez parte da equipa formadora do Seminário de Almada como prefeito de estudos e Vice-Reitor, presidiu à Comissão Administrativa do Santuário de Cristo-Rei, foi pároco da Paróquia da Estrela e membro da Comissão Diocesana de Arte Sacra do Patriarcado. Foi nomeado Bispo-auxiliar de Lisboa a 6 de Dezembro de 1982, com o título de Elvira pelo Papa São João Paulo II. A sua ordenação episcopal decorreu a 22 de Janeiro de 1983 no Mosteiro dos Jerónimos onde foi ordenado por D. António Ribeiro, cardeal-patriarca de Lisboa, por D. João Alves, bispo de Coimbra e por D. José da Cruz Policarpo, Bispo-auxiliar de Lisboa. A 29 de Outubro de 1997 foi nomeado Bispo-coadjutor de Coimbra, onde tomou posse a 11 de Janeiro de 1998 e assumiu o governo da Diocese de Coimbra a 14 de Março de 2001 por resignação de D. João Alves. D. Albino Cleto foi também presidente da Comissão Episcopal dos Bens Culturais da Igreja e vogal da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais. A 28 de Abril de 2011 teve a sua renúncia aceite, por limite de idade, por Sua Santidade o Papa Bento XVI. Desde essa data, foi Administrador Apostólico da Diocese de Coimbra e a partir de 10 de Julho de 2011 tornou-se Bispo Emérito de Coimbra. Continuou a exercer o seu cargo de vogal na Comissão Episcopal de Liturgia e Espiritualidade. Vítima de problema cardíaco, faleceu a 15 de Junho de 2012, solenidade do Sagrado Coração de Jesus, nos Hospitais da Universidade de Coimbra. Foi sepultado na campa da família, no cemitério de Manteigas.
Excerto da homilia de D. Virgílio Antunes nas exéquias de D. Albino Cleto:
“Nada o podia deter!”
«Recorrendo à metáfora geográfica tão comum na Sagrada Escritura, poderíamos descrever a vida do Senhor D. Albino como uma grande missão e uma apressada peregrinação. A voz de Deus fez-se ouvir nas montanhas: «Vai para a terra que Eu te indicar». «Eis-me aqui», foi a resposta pronta, apesar da tenra idade e da incerteza do futuro. A arder de zelo pela casa do Senhor, desce em direção à planície, confiado na força d’Aquele que o chama e o envia. E ele vai às cidades e aldeias onde era preciso anunciar a Boa Nova do Reino de Deus. Ali, na terra densamente povoada a que foi enviado, na “grande cidade”, o tempo urge e não se pode desperdiçar; é a salvação da cidade e do mundo que está em causa; nada há que levar consigo e nada há a reservar para si: «recebestes de graça, dai de graça»; «há mais alegria em dar do que em receber», foi a palavra de ordem. Corre de um ao outro lado, numa ânsia incontida de anunciar a Boa Nova a todos sem exceção. A seara era grande e os trabalhadores eram poucos; nada o podia deter.
Com a sensação do dever cumprido, testemunha das maravilhas de graça que Deus realiza nos seus humildes servos, D. Albino pôde agora voltar ao monte, onde Deus preparou um banquete de alegria para todos os povos. De facto, «nem a morte nem a vida poderá separar-nos do amor de Deus que se manifestou em Cristo Jesus, nosso Senhor». Vimos de Deus e, se permanecemos n’Ele, somente o regresso a Ele dará repouso aos nossos corações inquietos.
Feliz na terra, mais feliz será no Céu diante da misericórdia de Deus que apaga todo o pecado: Entra na alegria do teu Senhor, porque estiveste próximo dos mais pequenos e deixaste uma rasto de bondade por onde passaste; entra na alegria do teu Senhor, porque nenhuma das dores humanas te foi indiferente; entra na alegria do teu Senhor, porque emprestaste o teu rosto amigo e bom a Cristo o Bom Pastor, que cuida das suas ovelhas.» (D. Virgílio Antunes)
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