10/09/2018

Carta aos sacerdotes da Diocese de Coimbra

Transcrevemos a carta que o Padre Manuel da Silva Martins escreveu na sequência do Simpósio do Clero, conforme ele mesmo explica:



Caro irmão sacerdote, 
As minhas saudações muito cordiais.
Ficará, possivelmente intrigado, com a presente missiva, pois, teve já oportunidade de ler, ou seguir, pelos meios de comunicação social, todo o desenrolar dos trabalhos do Simpósio do Clero de Portugal, realizado em Fátima, de 3 a 6 do presente mês de Setembro, no qual estiveram cerca de 480 participantes, vindos de todas as Dioceses de Portugal e de praticamente todos os Bispos de Portugal. Seria, assim, pura redundância. 
Apesar disso, na reunião por Dioceses foi uma das conclusões dos nossos participantes, com o Senhor Bispo, que seria bom escrever a todos os sacerdotes, não como informação mas como envolvimento e vivência do Simpósio. Por isso escrevo.
Sendo participante, desde o primeiro, há 25 anos, sinto que, efectivamente, o Simpósio, vale por si mesmo, pois nos habituou a que seja um lugar e ocasião de encontro das vá-rias gerações de sacerdotes, sensibilidades, procedências, experiências e saberes, sem faltar uma sã convivência e partilha fraternas e sempre com a participação do que de melhor existe, nas várias áreas, consoante a temática escolhida. Este ano não foi excepção, antes pelo contrário.
O tema geral, muito sugestivo «O Padre: ministro e testemunha da alegria do Evangelho», trouxe até nós, vindos de Roma, o cardeal D. Beniamino Stella, Prefeito da Congregação para o Clero e D. Jorge Carlos Patrón Wong, Secretário da mesma Congrega-ção, que trataram os temas: «O ministério sacerdotal no magistério do Papa Francisco», «A formação sacerdotal na Igreja do Futuro» e «A formação para a fidelidade e fecundidade no ministério»; Pablo d’Ors, teólogo e sacerdote espanhol, falou sobre «A Vida espiritual: alma do ministério sacerdotal»; D. Juan Maria Uriarte, bispo emérito de San Sebastian, falou sobre «O celibato sacerdotal: sua nobreza, dificuldades e etapas».
Intervieram ainda, para além do Presidente da Comissão, D. António Augusto Azevedo, na sessão de abertura dos trabalhos; o cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, ao evocar a vida de D. António Francisco dos Santos; D. António Couto, Bispo de Lamego, com o tema: “O Padre: ministro e testemunha da palavra” e testemunhos de vários sacerdotes sobre a sua “vivência pastoral em diferentes sectores”: 
O painel sobre a Pobreza (P. Manuel Mendes da Obra da Rua), Obediência (Carlos Carneiro (SJ), e Fraternidade (António Bacelar P. diocesano do Porto); 
O Workshop: “testemunhos presbiterais” ser padre nas prisões, hospitais, universidades, Forças Armadas; ser pároco na cidade, meio sub-urbano e mundo rural.
Tudo isto constituiu um verdadeiro manancial que a todos enriqueceu, proporcionou experiências fantásticas, muito difíceis de esquecer, juntamente com todos os outros aspectos de que atrás falei.
Faço votos para que os 13 participantes possam, agora, completar junto de todos os que não puderam participar, pelo seu testemunho, o que não consegui transmitir por escrito.
A todos abraço com amizade.
P.e Martins

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