16/04/2017

Da Paixão à Ressurreição

A Quaresma terminou e deu lugar à alegria pascal. E agora? Vivemos com todo o empenho a Quaresma, mas depois parece que nos esquecemos de viver o Tempo Pascal, que acaba por ficar, tantas vezes, vazio para nós, em contraste com as vivências fortes da Quaresma.
Porém, em vez de separarmos tanto a Páscoa da Quaresma, como se fossem “inimigas”, é melhor surpreendermo-nos descobrindo que as duas se entrelaçam e formam um todo. Inseparáveis, a Páscoa e a Quaresma estão uma para a outra, como a morte e a ressurreição. Por exemplo, quando, na Quaresma, me confesso com sinceridade, arrependimento e propósito de emenda, quando saio da confissão com aquela eficácia da novidade de Cristo, autenticamente regenerado, que outra coisa é isso senão viver já a Páscoa? Do mesmo modo, ao chegar ao Tempo Pascal, talvez haja (alguns) propósitos quaresmais que tenho que continuar a viver: se me propus a “morrer” para determinado hábito de pecado na Quaresma, que sentido teria voltar a ele no Tempo Pascal? Como posso, em tempo da Ressurreição, voltar a rotinas de morte? (não falo, evidentemente, de simples renúncias que fazemos a coisas legítimas, mas sim renúncia a rotinas de pecado). Vivemos o “deserto quaresmal”… Então e depois? Depois do deserto há que viver a Vida plena!
Pe. Orlando Henriques

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