04/09/2017

Todas as festas deviam ser assim


Foi uma alegria subir, uma vez mais, em peregrinação ao Santuário do Divino Senhor da Serra (paróquia de Semide) nos dias da romaria que todos os anos ali se realiza de 15 a 23 de Agosto. Aquela festa é um sonho! Mais: todas as festas deviam ser assim.
Mas, afinal, o que é que tal festa tem assim de tão diferente? Mal se chega  à aldeia, a primeira coisa que se nota é a total ausência de música “pimba”: a aparelhagem sonora está todo o dia a tocar, mas apenas música sacra! O programa não inclui bailes nem tasquinhas: só Missa, terço, vésperas, adoração ao Santíssimo Sacramento, confissões, via sacra… E todas as celebrações bem preparadas, com cânticos bem escolhidos e pessoas competentes a servir nos vários ministérios litúrgicos.
Esta é a festa que nos leva directamente ao Coração de Jesus. Este é o único tipo de festa que interessa à Igreja do nosso tempo (aliás, de qualquer tempo, mas mais urgentemente no nosso tempo, tão necessitado de alguém que aponte um rumo no meio da confusão). Organizar uns bailes ou uns bares ao som de música indecorosa é uma coisa que qualquer pessoa ou associação pode fazer; mas levar as pessoas a encontrar-se com Jesus isso é uma coisa que mais ninguém pode fazer a não ser a Igreja. Por isso, não devíamos andar a perder tempo com coisas que podem ser feitas por outros e que até são contra nós: tudo o que pregamos sobre o matrimónio e a família é destruído pelo conteúdo das letras da música “pimba”. Fora o resto… Chega de invocar em vão o nome de Deus e dos seus Santos!
Ainda há-de chegar o dia em que nós, a Igreja, só gastaremos o nosso precioso tempo e as nossas preciosas energias em festas como a do Senhor da Serra.
Pe. Orlando Henriques

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