01/10/2017

À SOMBRA DO CASTANHEIRO (01-10-2017)

– Bons dias nos dê Deus, Tio Ambrósio!
– Bons olhos te vejam, Carlos! Então acabas de cumprir o teu dever de cidadania, indo votar para estas eleições autárquicas?
– E vossemecê parece que vem do mesmo, Tio Ambrósio!
– Sou sempre dos primeiros, Carlos! Como o nosso Padre Feliciano, nestes dias, nos faz o favor de celebrar a santa missa logo pelas oito da manhã, cumpro os dois deveres, um a seguir ao outro. E, de tarde, tenho tempo para dar um pequeno passeio, ou para conversar contigo, se quiseres aparecer. Mas já sei que hoje não vou contar com a tua presença depois do almoço. Ficas por aqui a conferir os resultados eleitorais…
– Olhe que não, Tio Ambrósio! Como já ambos cumprimos o nosso dever cívico de votar, eu até aproveitava para o convidar a ir comer a sopa lá a casa.
– Não avisaste a Joana…
– Não lhe dê isso cuidado! Por dois motivos. Primeiro porque a minha mulher gosta tanto do Tio Ambrósio, tal como os pequenos, que a sua presença é sempre desejada. Depois porque lá em casa a sopa é abundante, e dá sempre para mais alguém que chegue. Quer que lhe acrescente mais alguma razão?
– Não, Carlos! Essas bastam, e assim sempre tenho a alegria de comer de companhia. Eu já estou habituado a fazer as minhas refeições sozinho. Mas digo-te que a sopa tem muito mais sabor quando, além do pão, partilhamos a palavra. Estando de companhia, até nem damos conta de o tempo passar…

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